O
fruto do golpe: um governo machista e... corrupto.
Aprovado
o impeachment, o governo Temer é o fruto do golpe que maculou a democracia no
Brasil e manchou a imagem do país na comunidade internacional.
E
aí, o que você tem a dizer? Sim, você mesmo que dizia lutar contra a corrupção,
postou foto do Sérgio Moro no seu facebook, difundindo a ilusão de que o juiz
de terno preto combatia todos os corruptos e não apenas alguns, como se tem constatado;
sim, você que evitou criticar o Eduardo Cunha, ignorando suas contas secretas na
Suíça e seu envolvimento na Lava Jato, deixando-o à vontade para comandar o
circo de horrores do impeachment; você que acha “engraçado” o nazi-fascismo do
Bolsonaro para vê-lo atacar a presidenta Dilma (pelamordedeus, qual a graça
existente na tortura, na violência em geral e na boçalidade?); sim, você que compactuou
com o golpe, me diga, como você agora explica esse governo, composto por um
presidente e sete ministros citados na operação Lava Jato?
Michel Temer (PMDB) é citado como
beneficiário nos escândalos de corrupção que são alvo da força-tarefa.
Romero
Jucá (PMDB-RR), ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão está na lista de investigados que o procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal no início de
2015, citado como beneficiário dos esquemas de corrupção.
Geddel
Vieira Lima (PMDB-BA), da Secretaria de Governo, foi citado em mensagens apreendidas pela Operação Lava Jato que sugerem
que ele usou sua influência para atuar em favor dos interesses da construtora
OAS.
Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), ministro do Turismo, é suspeito de receber propinas do
dono da OAS, Léo Pinheiro, em troca de favores
no Legislativo.
Os
ministros: da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), da Defesa, Raul Jungmann
(PPS-PE), das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE) e da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), são citados na famigerada lista da
Odrebrecht apreendida pela Polícia Federal na sede da construtora, em março,
durante a 23ª fase da Lava Jato.
O governo que resulta do golpe é
também um governo misógino: não possui nenhuma mulher nos ministérios, fato que
não acontecia desde o governo Geisel (1974-1979), durante a ditadura militar, o
que mostra que muitas das expressões de ódio contra Dilma Roussef eram, na
verdade, dirigidas às mulheres em geral. Dos 24 ministros de Termer, nenhuma
mulher. E nenhum ministro negro, 128 anos depois do fim da escravidão em nosso
país, “comemorado” ontem, 13 de maio.
Preparem-se para os dias que
virão, inclusive você “ingênuo” combatente da corrupção que
ansiava pelo fim do governo do PT.
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